Oi queridas, hoje para ilustrar o post, trouxe 4 peças de artesanato das mulheres da família que guardo com carinho e que trazem as marcas da personalidade de cada uma para homenagear a todas as mulheres.
Escolhi como cor o rosa, que tem o nome da rainha das flores, a preferida mundialmente quando se pensa em ofertar flores a uma mulher.
Vou começar pela peça mais antiga.
- Um naperom em crochê de linha fina mesclada em rosa e branco, que foi presente da minha vó ao enxoval da minha mãe. Era uma mulher forte que teve 9 filhos. Uma legítima alemã, rígida, cristã devotada e mal humorada, mas que tinha o sorriso mais lindo quando o desabrochava, capaz de fazer a gente rir junto com ela sem mesmo entender a conversa em alemão. Apagou-se como uma lanterna quando as baterias vão ficando fracas, sem dor ou alarde nos deixou aos 93 anos.
- O guardanapo pintado sob cambraia e com barradinho de crochê em linha mercê (tenho adoração por estes de linha fina!) foi presente da tia, irmã de meu pai. Uma mulher de aparência frágil, super dócil, nunca a vi alterar o tom da fala, nem mesmo quando irritada. Seu sorriso é tímido, mas franco. Ama cuidar das suas flores e como mais lembro dela (ainda vive) é quando me encontra. Fica meio sem jeito como se não soubesse o que dizer ou onde colocar as mãos, mas sinto nela uma leveza expressa em tons claros e delicados sem nunca perder a força e o viço.
- A toalha de rosto é um bordado de minha mãe. Agora o bixo pega!! Falar dela pra mim é difícil. Já travamos brigas homéricas. É a mulher mais teimosa, ágil, trabalhadora e dinâmica que conheço. Dá tudo por aquilo que acredita sem questionar. Pouco carinhosa mas muito generosa nos gestos, parece querer complicar tudo pra depois, como se fosse um sopro, descomplicar. Uma mulher que parece nunca arrefecer, você a conhece e pronto, acredita que a vida é eterna!!
- O quadrinho com a flor pintada com café e guache é meu. E falar sobre mim, é muito mais difícil do que falar sobre minha mãe. As vezes sou como água e açúcar e noutras água e óleo. Sou inquieta, vaidosa, afiada, amo a terra e as plantas porque nelas encontro o silêncio e a força das quais me abasteço e me acalmam. Tenho em mim uma parte descrente de tudo e outra uma cabra que sobe a montanha quando ninguém mais acredita. Posso dizer que em mim habita o bem acima do mal, que me encabulo quando me dizem que tenho um belo sorriso e que meu maior sonho sonho é levar a todos um pouco de esperança e paz. Nem tudo é perfeito, mas pelo menos posso dizer que vivo da esperança, luto e sinto paz.
E assim termino revelando um pouco do que há em cada uma de nós, frágeis e fortes mulheres!
FELIZ DIA AMIGAS, COLEGAS, PARCEIRAS E IRMÃS
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