O jeito alemão antigo de se viver

Não posso negar minhas raízes e nem do quanto este estilo influenciou no meu trabalho.
Adoro garimpar objetos em velhos sótãos, armários e porões. Ou através de viagens, documentar em fotos o que encontro que justificam velhas lembranças da casa dos avós.

Estas são fotos do Castelinho do Caracol, Canela/RS, uma das primeiras casas construídas na região em madeira de araucária com sistema de encaixes e parafusos, sem o uso de pregos. O local abriga um museu com móveis e utensílios deixados pela família Franzen, que conduzem a uma verdadeira viagem ao passado. Funciona também como casa de chá, onde pode-se apreciar o melhor apfelstrudel da Serra Gaúcha. Vale a visita!!


Sala de costura com suas flores na parede
Detalhe da porta na sala de chá
Escritório
sala de banho
Detalhe do quarto
Quarto do casal
sala de música
E faltou a sala de jantar e a cozinha onde o apfestrudel ainda é feito e servido com sorvete ou creme, mas fiquei sem bateria na máquina!! =]


Passeio pelo passado

Bons tempos da casa da vovó, com cheirinho de pão de milho quentinho com creme de leite (nata) e doce de abóbora. Os bordados sob as panelas que brilhavam no paneleiro. O café na cafeteira esmaltada, sempre quentinho no fogão de lenha. Na mesa, ela mantinha nessa época, setembro, um vaso com camélias e frutas da estação. Hummm... era assim na minha infância.
Perto de onde moro, tem um pequeno município  (São Pedro do Buriá), que mantém um museu que na verdade, é a réplica de uma casa no melhor estilo dos nossos colonizadores alemães. Estive por lá nesses dias e senti como se estivesse na casa da minha falecida vó materna, uma das filhas desses alemães aventureiros.
Registrei e trouxe pra vocês este passeio no tempo.

Os lençois eram de linho de algodão bordados com as iniciais do casal.
Havia sempre um panô bordado na parede da cozinha ou da sala...


...em português ou alemão
Olhe a delicadeza do bordados no paneleiro e o fogão com estampas de flores




Simples para acolher à todos




Os mimos, louças e cristais em destaque


Ter uma pia instalada era coisa rara


Tomei muito banho na casa da vovó italiana (paterna) nessa bacia que eu achava o máximo, pois podia descansar a cabeça, não resisti...


...fiz essa arte, algo politicamente incorreto por ser peça de museu!! Não copiem!!!

MEU VELHO E SEU SONHO

Meu pai tem 81 anos. Mecânico aposentado, artista no seu trabalho, inventivo e criativo. Lutador, venceu um câncer de estômago.Conservador mas puro de sentimentos.
Persistente mesmo quando todos pensam o contrário. Ao vislumbrar sua aposentadoria se aproximar, comprou uma chácara, plantou árvores onde quase nada havia, sonhando que este pequeno chão seria a alegria dos filhos e netos, como de fato o foi. Situa-se entre São Luiz Gonzaga e Cerro Largo, o famoso trecho da RS 165 que há tantos anos recebe promessas políticas de asfaltamento e que até hoje nada se viu cumprir.
A luta do meu velho em ver esta estrada asfaltada vem do tempo em que ele a comprou. E a cada época de eleições ele renova a placa que expõem na parada de ônibus que ele mesmo construiu, para que as pessoas que ali tem de esperar, tenham um pouco de proteção contra as intempéries do tempo.
Essa placa da foto foi recolocada este ano, e me confidenciou que talvez seja a última vez que a faça, mas que gostaria de ver esta estrada asfaltada antes de partir. Isso me tocou, sem saber o que lhe dizer, pois faço parte de uma geração desacreditada na política. Acredito muito mais na capacidade de união das comunidades e do povo. Então faço aqui um apelo à todas as comunidades que estão na dependência dessa via, que lutem unidos por que só quando o povo se une é que as mudanças verdadeiramente ocorrem. 


Em contrapartida, a luta pelo asfaltamento da RS 165 entre os municípios de São Luiz Gonzaga, Rolador e Cerro Largo tem o apoio do deputado Gilmar Sossella. O parlamentar destaca que trouxe para o Parlamento essa bandeira nascida dentro da Famurs. Ex-presidente da Comissão Especial da Ligação Asfáltica, Sossella destacou que votou pela aprovação da emenda que destinou mais R$700 milhões para obras de construção e restauração de rodovias, e que é preciso levar ao governo do Estado o desejo de desenvolvimento da região Missioneira.
Agora pergunto: Em quê esta região tem menos a oferecer que tantas outras do nosso Estado?


QUANDO A ARTE INVADE A AGRICULTURA

 Como grande fã do povo japonês que tem no  planejamento, na  organização, no convívio e nas  metas a busca por resultados que chegam quase à perfeição,  mostro hoje um exemplo como essa associação de estratégias pode se transformar em arte.
É impressionante a arte do cultivos que surgiu através dos campos de arroz no Japão - que não é uma criaçao extraterrestres ou montagem gráfica. Os desenhos foram habilmente semeados por agricultores.
 Para a criação dos desenhos, os agricultores não usam tinta. Em vez disso, utilizam o cultivo de arroz de cores diferentes, que foram estrategicamente dispostos e semeados no campo de arroz irrigado.

 Quando chega o verão e as plantas crescem, as ilustrações detalhadas começam a emergir.
 
Um guerreiro Sengoku em seu cavalo foi criado a partir de centenas de milhares de plantas de arroz. Estas fotos foram tiradas em Inakadate-Japão. 
As cores são criadas pelo uso de variedades diferentes. Os agricultores delineiam os contornos utilizando o arrozeiro roxo e amarelo Kodaimai junto com suas folhas verdes de Tsugaru, uma variedade romana, para criar estes padrões de cor a tempo entre o plantio e a colheita em setembro.
Aproximando a imagem, pode-se ver o cuidado que tiveram ao plantarem milhares de pés de arroz. As diferentes variedades de arroz crescem juntas das outras para criarem obras magistrais.
Deste nível do solo, não é possível visualizar os desenhos
 
 Os espectadores têm de subir a torre de castelo do município para obter uma visão ampla da obra.
O Napoleão em seu cavalo podem ser vistos de aviões. Foi plantado com precisão e planejado durante meses pelos agricultores locais.
 Esta arte se iniciou em 1993 como um projeto de revitalização local, uma idéia que surgiu em reuniões dos comitês de associações locais.
Nos primeiros nove anos, os trabalhadores destes municípios juntamente com os agricultores locais ampliaram um desenho simples do Monte Iwaki a cada ano. Mas suas idéias foram ficando mais complexas e atraíam mais e mais atenção.
Em 2005, os acordos entre proprietários de terras permitiram a criação de enormes espaços de arte com o seu cultivo de arroz. Um ano depois, os organizadores começaram a utilizar computadores para desenhar com precisão cada parcela na plantação das quatro variedades de arroz de diferentes cores que dão vida às imagens.
Por que idéias como estas não se espalham? Fico imaginando plantações de trigo, soja, flores, verduras então? Seria magnífico! Também aumentaria o turismo no campo! Hiii, to indo lonje na imaginação, melhor parar aqui e deixar esses papo para um outro post!

REUTILIZANDO OS TALHERES DE CADA DIA

 Sabe aqueles talheres que perderam seus pares ou aqueles que eram da vovó e que não sabemos o que fazer com eles? Tem gente que não os descarta e que acha as mais incríveis e grandes idéias do que fazer com eles. Dá uma olhadinha nessas dicas!

 



 

 
Aqui nesta idéia valem até os de plástico.

 


Esculturas

Bijous


Uma flor para o jardim, o centro é uma concha, que servirá de comedor para os passarinhos.




Então não resisti, fiz e aprovei e já partiram pra novas donas